terça-feira, 29 de julho de 2014

DH fala sobre música e novas influências.

Em entrevista exclusiva para o Correio Braziliense, Diego comenta a atual fase da banda.

Vocês tocaram na Alemanha, durante a Copa. Como foi a experiência?

Existiam possibilidade de tocarmos na Alemanha desde o começo deste ano. A gente já tinha tocado nos Estados Unidos, mas Europa era novidade. Há muita diferença, tanto no tamanho, quanto no público. Fizemos um show-case com cinco músicas. Ninguém entendia muito bem o que estávamos falando. Mas tinha uma galera dançando na frente do palco. Eles não conheciam a gente, fomos só para mostrar o nosso trabalho mesmo. No começo deste ano tocamos em Las Vegas e no ano passado tocamos no Brazilian Day, em San Diego.


Como anda a relação com os fãs? Eles mudam com o passar do tempo?

Existem fãs que se mantêm, e tem uma galera nova que está chegando. Tem uns que comentam: 'eu não gostava da banda, agora tô gostando'. Estamos conseguindo cativar quem antes não gostava da gente. Na rua, às vezes encontro pessoas até mais velhas do que eu, na casa dos 30 anos, que vêm dizer que curtem a banda, principalmente as músicas que são mais baladas, essas de amor alcançam uma faixa etária maior.


Vocês carregam hoje um visual mais sóbrio, por quê?

A mudança de visual aconteceu de forma bem natural também. De início, era uma estratégia de marketing. Porque a gente acreditava que aquilo seria bom para molecada, achávamos que seria uma moda e que iria pegar. Antes da gravadora, já tínhamos essa estratégia. Depois de um tempo, a gente começou a pensar 'não, isso não tem mais sentido pra gente!', a gente já não gostava mais de se vestir daquele jeito. Queríamos ser nós mesmos. Hoje em dia, sigo um estilo street, jeans e camiseta. Não gosto de terno, andar engomado.


Ainda há muito assédio?

Ainda acontece muito assédio. Mais por parte daquelas fãs que há cinco anos atrás eram muito novinhas e não podiam ir aos nossos shows. Hoje, como elas cresceram, já têm idade para ver a gente, daí assediam um pouco. De vez em quando, ainda temos surpresas. Às vezes, em baladas, aparece alguém desesperado, querendo tirar foto. Ainda é bem comum para mim, continua a mesma coisa. Criamos uma imagem muito forte. Às vezes tento levar uma vida normal, mas ainda não dá. Esses dias mesmo tentei pegar metrô e foi caótico. Tinham umas 15 ou16 meninas que me viram e começaram a correr atrás de mim, pedir para tirar foto. Eu fiquei desesperado, não sabia o que fazer. Pensava que isso não ia acontecer mais. Com os outros integrantes isso acontece com uma frequência menor, pelo fato de eu estar sempre com o rosto à mostra. Por ser o vocalista, minha imagem ficou mais marcada.


E como anda a produção de vocês?

Atualmente, estamos em meio a uma reforma interna da banda. Trocamos de gravadora, montamos uma produtora, onde será montada a nossa própria gravadora. Acredito que, quando terminarmos essa mudança, vamos ter bastante coisa para mostrar.


Você teme ser esquecido?

Tenho medo de deixar de ser amigo do pessoal da banda, de acontecer alguma coisa chata que me impeça de continuar tocando. Tenho mais medo disso do que do esquecimento. Porque sempre tocamos e nos divertimos. Nunca nos preocupamos em estar na mídia, mesmo quando estávamos estourando. Essa nunca foi a nossa preocupação. Eu nunca tive vontade de abrir a minha vida pessoal para sites de fofoca e coisas do tipo. Tenho sorte porque a minha imagem não foi destruída. Ninguém me xinga na rua (risos). Está tudo tranquilo.


Você acha que o fim da MTV atrapalhou de alguma forma?

A MTV projetou muita gente na mídia. Nós fomos umas das bandas escolhidas. Também teve o pessoal do Conecrew, o Restart… Mas ela ainda existe, só que em um outro formato. Têm outros canais em que a gente tá aparecendo. Aparecemos na nova MTV, mas eles estão tímidos com o conteúdo. Hoje estamos dando uma segurada na questão de aparecer na mídia, justamente para produzir material novo. Mas temos feito coisas com a Mix TV, temos uma parceria legal com a Mix TV e com a Mix Rádio. Estamos visíveis no mercado internacional. Fizemos três turnes internacionais. Fechamos contrato com a Sony internacional e nossas músicas já estão tocando nas rádios dos Estados Unidos e Europa. Vamos começar a fazer mais coisas por lá. Estamos lançando uma música por mês. Já lançamos duas. Quando lançarmos mais oito, lançamos o CD. Todas as músicas já estão prontas. Estamos em processo de finalização.


E quanto ao rótulo de 'rock colorido', o que vocês pensam a respeito?

A mídia começou a gostar do rótulo de rock colorido e nós também. Queríamos mostrar o nosso som e aproveitamos isso ao máximo. Mas quando isso parou de ser verdadeiro pra gente, no fim de 2010, decidimos nos vestir de outro jeito e compor um estilo de música diferente. O rock colorido não morreu, ficou marcado para muita gente. Mas naquela época. Se aparecer uma banda nova querendo ter estilo de rock colorido, não vai emplacar, porque a época já passou.
[...]


*Site com a matéria oficial e completa: http://zip.net/bmn8QQ


 

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